domingo, 30 de julho de 2017

O REPÓRTER DA AMAZÔNIA
30.07.2017


Amazônia Capitulo II
No Capitulo I comentei sobre o avanço do desmatamento na Amazônia, mas não posso deixar de considerar que o mais grave de tudo é que a natureza  está sendo destruída sem sequer ser conhecida.
Hoje vamos saber mais um pouco das riquezas da nossa Amazônia.
Aqui em Macapá temos o IEPA- Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá
Uma instituição que vive a dura realidade da pesquisa científica na
Amazônia. Aqui, sobram boa vontade e motivação à equipe de
pesquisadores, mas faltam recursos.

Estado preservado 

O Amapá se orgulha de ser o estado mais bem preservado do Brasil, com
cerca de 94% de suas florestas ainda intactas. Uma preservação que se
sustenta mais no isolamento geográfico e no baixo desenvolvimento
industrial do estado, de que em políticas públicas de estudo e
proteção dos recursos naturais.

O desafio de conhecer melhor a biodiversidade da região e seus
ecossistemas é gigantesco. Se o esforço exigido para desenvolver conhecimento sobre um estado
como o Amapá já é monumental, como dimensionar o que será necessário
para conhecer a Amazônia como um todo?

As dimensões amazonica 

A Amazônia continental, com 7 milhões de km², ocupa área
correspondente a 50% da superfície da América do Sul e 5% da
superfície de terra firme do globo.
É formada por nove países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana
Francesa, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Brasil, e habitada por
mais de 30 milhões de pessoas, o que corresponde a menos de meio por
cento da população mundial.
Na sua parte brasileira, a Amazônia tem mais de 21 milhões de
habitantes, distribuídos por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. Abrange uma área de 3,8 milhões
de km², equivalente a 44% do território nacional.
Se considerada a Amazônia Legal, conceito ciado pela constituição de
1953, a área sobe para 5,1 milhões de km², representando 59% do
território brasileiro.

A biodiversidade 
A Amazônia é a região de maior diversidade biológica do Planeta.
mais espécies vegetais num hectare de floresta no médio Amazonas do
que em todo o território europeu. E mal começamos a classificá-las.

Chove muito na Amazônia.

A região atinge os maiores índices
pluviométricos do continente americano, com média de 2.200 mm ao ano.
Nos sopés dos Andes, no Peru e Equador, os índices chegam a 8.000 mm-ano.
No Brasil, os maiores índices são registrados na região da Cabeça do
Cachorro, noroeste do Amazonas, e na costa do Amapá, região de Calçoene, na casa dos 3.000
mil mm-ano.
A grande quantidade de chuvas faz da Amazônia a maior bacia
hidrográfica mundial. O ciclo da água é importante para a região, mas
também presta serviços a outras partes do planeta.
Na Amazônia, o ano é dividido em duas grandes estações. O inverno, que
é o tempo das chuvas, com mais ou menos sete a oito meses de duração.
E o verão, quando o sol predomina.
A temperatura é constante e alta, em torno de 26º na estação chuvosa,
e 27,5º no período seco.

Pulmão do mundo?
Ao contrário do mito que se propagou durante muito tempo, a floresta
amazônica não é o pulmão da humanidade.
Esse título foi concedido por duas razões principais. A ignorância
quanto ao processo de emissão e consumo de oxigênio pela floresta
amazônica. E também por conveniência, como forma dos países
desenvolvidos pressionarem o Brasil a frear o ritmo de destruição
ambiental na região.
Não ser o pulmão da humanidade não significa que a Amazônia tenha
menos importância para o planeta como um todo. A medida que avançam os
estudos científicos na região e que se passa a conhecê-la melhor, mais
fica evidente sua relação com o bem-estar mundial.

Preservando os tesouros 

Ao longo de mais de 500 anos de história, o homem branco sempre
demonstrou desconhecer a fórmula de como conviver em harmonia com a
Amazônia.
Para ocupá-la, promoveu o genocídio dos seus primitivos habitantes.
Depois, buscando dar finalidade econômica à região, passou a destruir
seus recursos naturais.
Hoje há um despertar para a realidade de que é preciso deter esse
processo de destruição, sob pena de um dos mais valiosos tesouros do
planeta ser devastado, antes mesmo de ser conhecido.
Encontrar alternativas que permitam ao ser humano utilizar a floresta
de forma sustentável, recebendo dela benefícios, sem, contudo,
exauri-la, é o desafio que se impõe.

Cabe a nós conhecer melhor a Amazônia, aprender a ouvir sua linguagem
natural, reconhecer nela uma companheira sempre pronta a nos dar o
melhor, até aqui com quase nenhuma retribuição.

A reação do poeta 

O poeta Thiago de Mello, um amazônida apaixonado pela floresta, resumo
bem essa relação desigual.
Sucede que a floresta não pode dizer. A floresta não anda. A selva
fica onde está. Fica è mercê do homem. Por isso é que há quatro
séculos o homem vem fazendo da floresta o que bem quer, sempre que
pode. Com ela e com tudo o que vive nela, dentro dela. A floresta
entrega o que tem. São séculos de doação do que a floresta amazônica
tem de bom para a vida do homem da região e das mais afastadas partes
da terra”.

Quando iremos reconhecer, agradecer e retribuir?



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