Abril, o ventre do
calendário gregoriano que insculpe o dia da mentira, marcou a aprovação do
Plano de Recuperação Judicial da Zamin, que nada mas é do que um réquiem de
deslavadas promessas e criminosas obrigações assumidas em juízo, que jamais
serão cumpridas. Havia um único ausente no processo de Recuperação Judicial e
maior interessado e dono da abandonada Estrada de Ferro do Amapá – o Governo do
Estado do Amapá.
Quando os Cabanos nos demais Estados da
Amazônia se insurgia contra “ a Independência” o poder dominante de nossa
Estado apoiava o novo Império assoreando até um canal dp rio Araguari que dava
acesso ao mar próximo a Ilha de Maracá.
O Amapá, com a
generosidade do Creador e a discreta criatividade dos homens, vem se tornando
terra de grandes e magistrais encontros. Aqui, o grande rio-mar, o doce
Amazonas, se funde com o salgado Atlântico; também ocorre, em nosso novel
Estado, o abraço equinocial, que une os dois Hemisférios (Norte e Sul), fazendo
as quatro estações conviverem juntas e simultaneamente, todos os dias do ano,
como as pétalas de uma flor de abóbora.
Aqui tivemos uma empresa
de mineração que encerrou suas atividades pela exaustão das jazidas e ao fim de seu cinquentenário
contrato - a Icomi, ainda deixaou pilhas milhionárias de minérios de Manganês,
ferrovia comissionada, porto operacional, cidades na floresta, outros
empreendimentos e uma bela vila às margens do Amazonas, como bens a serem revertidos para o domínio da
União Estado e Municípios, sem deixar uma única dívida ou obrigação com
absolutamente ninguém. Uma falência ao avesso ou Hobin Hoodiana.
Para marcar esse fatídico
mes de abril, que marca também um encontro bélico entre USA e Rússia na Síria,
sem estarem em Guerra e encerro, mas não finalizo esse estratigráfico relato de
encontros, pois há uma “Coperfildiana” exceção: A aprovação do Plano de Recuperação
Judicial da Zamin Amapá Mineração, que é sucessora da Anglo Américan e que
sucedeu a MMX do midiático Eike Batista.
Esta empresa chegou ao
Amapá, sob um contrato criminoso e factível de anulação, sem pagar o contrato
de compra que realizou com a Anglo das Minas de Ferro e Ouro inscritas no
subsolo do Município de Pedra Branca do Amapari, exportou bilhões de dólares em
Ferro e, forma informal e criminosa, mais um bilhão de dólares em Ouro via
Beadell (Mina do Duck Head), canibalizou todo o patrimônio em estoques de bens
móveis deixados pela Anglo American. Depois de abandonar a Estrada de Ferro do
Amapá (EFA), não pagar a empresa que estava montando o novo Porto de Minérios e
deixar ao “Deus dará”, todos os bens patrimoniais nas áreas da Mina e Porto,
acumula uma dívida com credores locais da ordem de mais de R$ 100.000.000,00 e
danos coletivos e ambientais de mais de um bilhão de reais ao povo e Estado do
Amapá. ESSA CONTA DEVE SER COBRADA DA ANGLO AMERICAN.
Mesmo se se praticar, com
esforço um contorcionismo doutrinário, para fazer valer a tese dessa Empresa
Zamin Amapá Mineração, para legitimar
este golpe inscrito no Plano de Recuperação Judicial da Zamin, pois alguns poucos operadores do direito e
conhecedores de mineração entendem que o objetivo não pagar os compromissos
locais, não comissionar a Mina de Ferro, não concluir o Porto da Icomi e muito
menos revitalizar a Estrada de ferro do Amapá (EFA), é a vingança da expressão
colonial qualdo os lusitanos em terras brasilis fazim leis locais para “inglês
vê”. Hoje os ingleses inventam negócios com indianos para amapaense ficarem : a
vê navios.
A Zamin Amapá Mineração pratica
de forma fraudulenta e criminosa Plano de Recuperação Judicial tipo Curupira (aquele do folclore amazônico
que andava com os pés virados pra trás para enganar os caçadores). Nesta trilha
de pegadas fraudulentas há não um encontro ou digital da presença do Estado do
Amapá, mas um grande desencontro na turma de falsários indianos, contra o
objetivo principal insculpido na lei de falências, que é sanear o Calvário dos
Credores (as dívidas) e garantir o desenvolvimento local, no caso o Amapá e
evitar a instabilidade do mercado, a manutenção da ferrovia, a conclusão do
porto da Icomi e retomada da atividade da mineração. É tempo de pelo menos se
chegar a réstia do exemplo de coragem e amor a Pátria do Juiz Sérgio Moro e
colocar bandidos na cadeia que formaram uma associação criminosa que atire uma
flexa aquiliana no único equipamento capaz de garantir o futuro e
desenvolvimento do Amapá: nosso complexo portuário e de agrologística do Porto
da Icomi.
Os Indianos da Zamin
engana o juizo da 2ª Vara de
Falências e Recuperação Judicial da Comarca de São Paulo e, ainda “venderam” e aprovaram, em plena trilha
Curupira e recheada de ilegalidades vetadas pela a Lei N° 11.101/2005 uma proposta que foi
aprovada às 5 da madrugada um Plano de Recuperação Judicial, tipicamente para
inglês vê. Desculpe, para amapaense vê.
Mais uma vez Vão-se os bens e fica o dessepero
dos credores ante um ingêneo acordo de obrigações impossíveis da Zamin cumprir,
assinado em pleno mês da mentira.
Nessa dança do ventre
criminosa que filhos de Ghandi estão fazendo com os bens minerais da União, nosso
porto, nossa ferrovia no Estado Amapá, em plena claridade das ilicitudes e na
frente de todos os institutos públicos republicanos, nos vence e nos remete a
paciência de aguardar a linha de
chegada da história, quando academicamente irá registrar mais um episódio
triste da mineração em terras Tucujus. Na contramão do filme onde o cidadçao é
tido como inimigo do Estado, nesse episódia da recuperação da Zamin e de cobrar
as obrigações penais e civis da Anglo American, no Amapá o próprio Estado
tornou-se inimigo do Estado Os bons negócios da China foram substituídos pelos
espertos negócios e acordos da Índia. Namastê!Mamastê!!Mamastê!!!
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Antonio Da Justa Feijão, Geólogo, Advogado, perito e auditor ambiental e Mestrando em desenvolvimento regional (Unifap)
Antonio Da Justa Feijão, Geólogo, Advogado, perito e auditor ambiental e Mestrando em desenvolvimento regional (Unifap)
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