Olimpio Guarany
Esta é uma semana decisiva para os dois
candidatos em disputa no segundo turno das eleições em Macapá. De um lado o atual
prefeito Clécio Luis (REDE) e de outro Gilvam Borges (PMDB).
Esta não tem sido uma campanha amena e no
segundo turno a temperatura se elevou. Os candidatos ocupam boa parte do seu
tempo em ataques mútuos.
Vamos entender como se tem desenrolado a campanha para a
prefeitura de Macapá.
Surpreendentemente e contrariando o que se projetava, baseado
em levantamentos desde o primeiro turno, Gilvam Borges apresenta-se numa curva
ascendente. Os números do IBOPE e de outros institutos
de pesquisa nos levam a refletir sobre a tendência do eleitor.
Tirando o atual prefeito Clécio que manteve-se posicionado
na ponta, os demais candidatos registraram um sobe e desce na preferência do eleitor com base
nas pesquisas divulgadas, exceto Gilvam que estabilizou e depois foi para a
ascendente. Lembre-se de que no primeiro momento o Promotor Moisés aparecia em segundo
lugar, parelho com Aline Gurgel e seguido de perto por Gilvam Borges e atrás os outros concorrentes,
mas depois que os programas de TV e rádio passaram a ser
exibidos verificou-se uma mudança no comportamento do eleitor
resultando na queda vertiginosa de Moisés, na subida mais célere de Aline e de Gilvam
mais lenta.
Na reta final do primeiro turno, Gilvam adotou estratégias que o fizeram
ultrapassar os dois adversários que estavam à
frente numa
performance de crescimento que, ao final do primeiro turno, registrou mais que
o dobro em relação a primeira medição do IBOPE.
Definidos os dois, Clécio e Gilvam, se iniciou
uma nova arrumação no tabuleiro. Aline, a terceira
colocada passou a apoiar Gilvam e Moisés, o quarto, ficou com Clécio. Os movimentos na
busca por apoio de outras lideranças foram intensos na primeira semana.
Até ocorreu
algo pouco comum em Macapá como, por exemplo, lideranças que estavam de um lado
e passaram para outro. Os dois contabilizam vantagens, mas as pesquisas tem
mostrado que Gilvam obteve melhor crescimento no segundo turno. Clécio subiu 13% e Gilvam
cresceu 17% a partir do resultado do primeiro turno. Olhando friamente os números vê-se que o crescimento de
Clécio
foi mais lento, o que os analistas avaliam como chegada próxima(o) ao teto, enquanto
Gilvam acelerou mais no segundo turno.
Macapá já não é uma cidade pequena,
todavia temos registrado na memória a época em que o candidato
saia às ruas e de casa em casa pegava na mão do eleitor. Hoje não dá
mais para
fazer isso, o período da campanha foi encurtado e os
meios de comunicação se tornaram ferramenta indispensável. Além do rádio e da TV, a democratização da internet tem sido um
fator importante para a disseminação da informação, meio pelo qual os
candidatos podem fazer chegar ao eleitor as suas propostas. E é
por esses
meios que muitos, principalmente os indecisos, vão decidir o seu voto e
provavelmente a eleição.
Quase uma semana depois da divulgação da ultima pesquisa do
IBOPE não dá para dizer a quantas anda a tendência eleitoral, hoje. A
pesquisa mais recente do Instituto Eccos mostra que a diferença entre Clécio e Gilvam vem
diminuindo.
De todo modo, a uma semana da votação em segundo turno, não se pode fazer um prognóstico seguro, mas é
certo que,
como ocorreu nos dois últimos pleitos de 2008 e 2012, a
disputa será renhida. Portanto, o jogo está indefinido.
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Olimpio Guarany é jornalista, economista,
publicitário e professor universitário
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